Exatamente como Descartes, Searle concebe a consciência como essencial aos fenômenos mentais. Para compatibilizar essa concepção cartesiana da consciência com a aceitação da existência do inconsciente, ele defende uma teoria disposicional: estados inconscientes existem como disposições para a produção de estados conscientes. Entretanto, seu argumento para a conexão entre o mental e a consciência se baseia na tese de que a forma aspectual não existe em fenômenos objetivos, o que é incompatível com a causação mental inconsciente. Para ser causalmente eficaz, (...) um estado inconsciente precisa ter uma forma aspectual ocorrente, o que contradiz a teoria disposicional, e precisa existir de modo independente da consciência, indo de encontro à visão cartesiana. Palavras-chave: Inconsciente, Teoria disposicional, Causação mental, forma aspectual. (shrink)

O artigo examina as concepções de consciência, bem como as concepções de fenômenos mentais inconscientes, de David Armstrong e John Searle. Enquanto Armstrong entende a consciência como decorrente de uma percepção de segunda ordem, de modo que um fenômeno inconsciente é apenas um fenômeno mental que não é percebido, Searle entende a consciência como um estado global, o que torna sua visão do inconsciente mais complicada. Estados mentais inconscientes não passam de padrões de atividade neuronal, padrões que são capazes de (...) causar estados mentais conscientes nas circunstâncias adequadas. Porém, enquanto a teoria de Armstrong é perfeitamente coerente, a visão de Searle se mostra inconsistente, pois a eficácia causal que ele atribui aos fenômenos inconscientes é incompatível com o papel fundamental que ele atribui à consciência no domínio dos fenômenos mentais. (shrink)

O artigo tem como objetivo geral determinar se o naturalismo biológico é uma forma de fisicalismo ou de dualismo. Após uma exposição das semelhanças da teoria com o fisicalismo reducionista, é examinada a visão de Searle sobre a redução causal, e discutida uma maneira como sua concepção acerca das capacidades causais da consciência e do cérebro pode ser reformulada para não comprometê-lo com o reducionismo.

This paper is concerned with the question as to whether biological naturalism (John Searle’s solution for the mind-body problem) can be construed as a physicalist account of the mind. Despite defending physicalism in connection with particulars (section 2), Searle accepts the dualists’ basic argument for the irreducibility of mental properties (section 3). However, Searle is unable to substantiate his claim that such irreducibility is compatible with physicalism (section 4). This being the case, his theory about the mind is shown to (...) be a variety of property dualism. (shrink)

A tese defendida no presente artigo é que a autoconsciência, na visão de Searle é uma caraterística do campo unificado de consciência. Após uma discussão de três distinções a respeito da consciência propostas por Rosenthal, é discutido o conceito de consciência de Searle – como um fenômeno qualitativo, subjetivo e unificado – e o caráter holístico desse conceito. A discussão que Searle faz dos conceitos de autoconsciência e de introspecção mostra que ele acredita que uma autoconsciência implícita é uma característica (...) constitutiva do campo unificado de consciência. (shrink)

O artigo defende a tese de que a irredutibilidade ontológica que Searle atribui à consciência envolve o naturalismo biológico (proposto por ele como uma solução para a parte conceitual do problema mente-corpo) em diversas incoerências, especialmente no que diz respeito ao tema da causação mental. Após uma apresentação das teses básicas da teoria (seção 2), são discutidos os problemas que a tese da irredutibilidade ontológica gera para a visão de Searle sobre a causação mental (seção 3), e as incoerências decorrentes (...) dessa tese (seção 4). A conclusão é que o modo como Searle concebe a irredutibilidade ontológica da consciência é uma fonte de problemas para o naturalismo biológico. (shrink)

John Searle claims that consciousness is ontologically subjective, since conscious mental phenomena only exist as long as they are experienced. Therefore, mental phenomena are essentially conscious, insofar as their mental character depends on their connection with consciousness. However, to align the acceptance of unconscious mental phenomena with his Cartesian view of consciousness, Searle defends adispositional account of the unconscious. The problem is that some cases of unconscious mental causation require that certain decisive mental properties exist in an occurrent way, and (...) not merely as dispositions. By accepting unconscious mental causation, Searle commits himself to a mental existence that isindependent from consciousness. Such unconscious existence implies that certain mental phenomena are ontologically objective, and not subjective as he claims, because they exist without being experienced.Keywords: Ontological subjectivity, unconscious, disposition, mental causation, objectivity. (shrink)

Searle defende a perspectiva – historicamente associada a Descartes – segundo a qual a consciência é a essência da mente. Isso gera complicações para que ele possa explicar a existência de fenômenos mentais inconscientes – existência que o próprio Searle aceita. Sua estratégia para conciliar a essencialidade da consciência com a existência de fenômenos mentais inconscientes é recorrer a uma teoria disposicional: estados inconscientes existem na forma de disposições para a causação de estados conscientes. O presente artigo se concentra em (...) uma dificuldade enfrentada por essa teoria, dificuldade decorrente da eficácia causal que o próprio Searle atribui aos fenômenos mentais inconscientes. Se um fenômeno inconsciente causa uma determinada ação, então ele o faz em virtude de suas propriedades mentais aspecto qualitativo de sensações, ou o conteúdo representativo de desejos), mas se estas propriedades mentais desempenham um papel essencial na causação, então elas existem efetivamente, o que significa que o fenômeno inconsciente possui uma existência mental independente da consciência, o que contradiz a visão cartesiana da consciência como a essência do mental. (shrink)

Resumo: John R. Searle articulou uma filosofia da mente de acordo com a qual a consciência é o mais importante dos fenômenos mentais, sendo essencialmente caracterizada por uma subjetividade de seu modo de existência. O problema é que a existência de fenômenos mentais inconscientes coloca essa concepção em dificuldades, pois fenômenos inconscientes existem sem serem vivenciados, ou seja, existem de forma objetiva. Para escapar desse problema, Searle propõe uma teoria disposicional do inconsciente, mas a tese do presente trabalho é que, (...) ao aceitar a possibilidade de causação mental inconsciente, Searle está comprometido com a existência de propriedades mentais genuínas, mas independentes da consciência, de modo que sua tese da subjetividade ontológica da mente desmorona. (shrink)

O artigo examina a teoria de David Armstrong sobre a consciência e sua concepção do inconsciente. Após uma discussão do caráter anti-cartesiano dessa teoria, são discutidas as noções de consciência mínima e consciência perceptiva, bem como o conceito de consciência introspectiva, que é o mais importante para Armstrong. A conclusão é que, apesar do valor explicativo dos seus conceitos de consciência, Armstrong defende uma perspectiva insatisfatória a respeito do inconsciente, pois essa perspectiva não dá conta da real influência do inconsciente (...) em nossa vida mental. (shrink)

O artigo investiga a concepçáo de reduçáo de Searle no que se refere à compatibilidade entre redutibilidade causal e simultânea irredutibilidade ontológica da consciência à atividade cerebral. A reduçáo causal da consciência – a explanabilidade causal de suas características por processos cerebrais e a identidade de suas capacidades causais (seçáo 2) – é incompatível com a irredutibilidade ontológica (seçáo 3), porque a diferença ontológica entre características subjetivas e objetivas torna a identidade das capacidades causais incompreensível (seçáo 4). O principal problema (...) é que a teoria de Searle afirma e nega simultaneamente a identidade entre consciência e processos cerebrais (seçáo 5). (shrink)

O artigo examina a concepção de Searle sobre a redução da consciência (em especial a sua teoria acerca de seus poderes causais), que se mostra obscura e incoerente. Porém, essa incoerência não é inevitável, pois o naturalismo biológico possui elementos que permitiriam a articulação de uma teoria mais clara a respeito das capacidades causais. O exame da teoria de Pereboom e Kornblith possibilita entender por que a afirmação de identidade das capacidades causais leva a um reducionismo. Essa teoria aponta um (...) caminho promissor para que se possa aprimorar o naturalismo biológico. (shrink)

The paper aims at giving a general exposition of John Searle’s solution of the mind-body problem – biological naturalism – and examines its fundamental theses, and some of its consequences. The exam of such theses – which delineates the characteristics of Searle's theory – shows that the theory has three main difficulties, since it holds some assertions which at first sight seem to be incompatible.

This paper contains an analysis of a famous criticism from John Searle on materialist tradition. This tradition uses to ignore or even refuse the subjectivity of mental phenomena. This paper examines Searle’s strategy to defend this subjectivity, refusing the essential character of behavior to the mental aspect (section II), distinguishing subjective and objective in epistemic and ontological senses (section III) and showing his solution to the problem of other minds (section IV). However, his attempt to obtain an indirect access to (...) subjective mental phenomena through causal explanations (section V) of these phenomena by brain processes is not enough to integrate the ontological subjectivity in our scientific worldview, once that this supposed ontological irreducibility from subjective to objective phenomena seems to result in the conclusion that mental phenomena are something beyond natural reality. (shrink)

http://dx.doi.org/10.5007/1808-1711.2012v16n2p255 O artigo investiga se o naturalismo biológico (a solução de John Searle para o problema mente-corpo) pode ser considerado uma concepção fisicalista acerca da mente. Apesar de defender um fisicalismo a respeito dos particulares (seção 2), Searle adere ao argumento básico dos dualistas para a irredutibilidade das propriedades mentais (seção 3), e não consegue fundamentar sua alegação de que tal irredutibilidade é compatível com o fisicalismo (seção 4). Desse modo, sua teoria da mente se revela como um dualismo de (...) propriedades. (shrink)

El reinado de Fernando III de Castilla y León constituye un período de transición entre las viejas curias plenas regias alto y plenomedievales y la baja Edad Media en la que se desarrollará ya con intensidad la institución de las Cortes. A través del presente trabajo abordamos el estudio del proceso transformador jurídico-institucional de las antiguas curias regias a partir de la segunda mitad del siglo XII, así como las manifestaciones que de este proceso apreciamos en el reinado de Fernando (...) III, con especial incidencia en el “ordenamiento” promulgado por este monarca en las cortes de Sevilla de 1250. (shrink)

Since the early 1980’s, with the clinical advent of in vitro fertilization resulting in so-called “test tube babies,” a wide array of ethical considerations and concerns regarding artificial womb technology (AWT) have been described. Recent breakthroughs in the development of extracorporeal neonatal life support by means of AWT have reinitiated ethical interest about this topic with a sense of urgency. Most of the recent ethical literature on the topic, however, pertains not to the more imminent scenario of a physiologically improved (...) method of neonatal care through AWT, but instead to the remote scenario of “complete ectogenesis” that imagines human gestation occurring entirely outside of the womb. This scoping review of the ethical literature on AWT spans from more abstract concerns about complete ectogenesis to more immediate concerns about the soon-to-be-expected clinical life support of what we term the fetal neonate or fetonate. Within an organizing framework of different stages of human gestational development, from conception to the viable premature infant, we discuss both already identified and newly emerging ethical considerations and concerns regarding AWT and the care of the fetonate. (shrink)

Este artigo objetivou adaptar a Escala de Altruismo Autoinformado (EAA), reunindo evidencias de sua validade de construto. Realizaram-se dois estudos em Joao Pessoa (PB), nos quais os participantes responderam a EAA e perguntas demograficas. No Estudo 1 participaram 331estudantes universitarios com ..

ObjectiveThis study aims to analyze sociohistorically how the normative patterns of hegemonic masculinity produced impacts on men’s health/mental health in the context of the COVID-19 pandemic.MethodsA qualitative study from a socio-historical perspective was conducted with 50 men based on an online survey. A semistructured form was applied. The data were analyzed by the Collective Subject Discourse method, interpreted in the light of the context of epidemic disease and hegemonic masculinity.ResultsThe experience of the pandemic exposed the normative patterns of masculinities from (...) the consummation of acts representative of the pandemic context, which incited men to deny the existence of COVID-19 disease and to delay the understanding and adoption of measures to protect and control COVID-19. As a repercussion, men presented conflicts in the regulation of emotions; presented emotional suppression; were more reactive; felt threatened regarding the loss of the role of family provider, virility; and revealed a sense of invulnerability, added to the weakening of self-care.ConclusionThe discourse revealed that the men’s behaviors are consistent with the characteristics of hegemonic masculinity, but express signs of recognition that this behavior causes harm to themselves and their health. (shrink)

El presente trabajo tiene como objetivo conocer las características sociodemográficas y laborales de las mujeres indígenas migrantes hidalguenses que se dedican al trabajo doméstico en el estado de Nuevo León, México. Para alcanzar este objetivo se explorarán la encuesta intercensal del 2015. En comparación con otros movimientos migratorios, la migración interna de mujeres en México ha sido poco estudiada, en particular la protagonizada por población indígena. Entre los principales resultados encontramos que las mujeres migrantes hidalguenses que se dedican al trabajo (...) doméstico remunerado en Nuevo León tienen condiciones de precariedad laboral como producto de la institucionalización social, cultural y jurídica de la desigualdad y la injusticia estructural. Es un trabajo desvalorizado socialmente, ya que se considera propio de la construcción social de los roles de género femenino, como consecuencia encontramos que se legitima la discriminación en términos jurídicos, ante la falta del reconocimiento económico y de sus derechos laborales. (shrink)

The ninth and last volume of the _Adagia_ (Proverbs) of the Amsterdam edition of the Latin texts of Erasmus gives an introduction in German and a critical edition of the Latin text of the _Collectanea_, an early version of the _Adagia_ that completely differs from the latter collection.

Parenting is a transforming experience for the life of parents that brings joy and satisfaction as well as challenges, frustration, and demands. The aim of this study was to determine the relationship between “parental stress and satisfaction” and work-home conflict, perceived social support, and global satisfaction with life, and to determine the moderating role of the parent's gender. A sample of 244 participants was studied: 49.6% (121) mothers and 50.4% (123) fathers with children between 2 and 12 years of age. (...) The data was analysed by means of multiple linear regression models and Beta regression for stress and parental satisfaction, respectively, and they were complemented with general and conditional dominance analyses to estimate the relevance of the predictors. Mothers presented higher levels of parental stress and satisfaction than fathers. Being female, having two children, and home-work conflict were predictors of a higher parental stress. Age was also a predictor, as younger parents and also those older than 37 years of age showed more parental stress. Having no partner and being male was associated to lower parental satisfaction. In conclusion, parental stress and satisfaction emerge as clearly differentiated dimensions of parenting experience. The gender gap in parental stress could be linked to the persistence of traditional roles regarding the care of the children, in agreement with the findings in other research. (shrink)

The ninth and last volume of the Adagia of the Amsterdam edition of the Latin texts of Erasmus gives an introduction in German and a critical edition of the Latin text of the Collectanea , an early version of the Adagia that completely differs from the latter collection.

Far from being neutral, Spain, today as in the past, is truly international-minded, one with America and all the free nations of the world.

Pascal semble toujours s’être tenu dans les marges de l’historiographie philosophique. Cette situation tient d’abord à la méfiance explicite qu’il nourrit à l’égard des « philosophes ». Mais elle s’explique aussi par l’influence d’un acteur décisif dans l’institutionnalisation de la discipline : Victor Cousin. Pour le montrer, nous étudions les effets produits sur le long terme par la construction d’une « figure philosophique » qui articule, sous le nom de Pascal, des textes et un contenu philosophique spécifique, en se focalisant (...) sur sa réception chez Havet, Brunschvicg et Heidegger. Un tel retour historique permet de mettre en évidence des points aveugles dans notre interprétation de ce que peut être la philosophie de Pascal, voire dans notre conception de ce qui constitue l’en dehors de la philosophie en général. Il offre en outre un éclairage original sur les opérations de sélection qui ont présidé à la constitution de ce que nous appelons notre « modernité » philosophique. (shrink)

La psicología y los psicólogos han dedicado bastante esfuerzo para conseguir una comprensión mejor y más profundea de las emociones y los sentimientos. Roberto Colom con sus respuestas nos ofrece una visión de primera mano de todas esas aportaciones así como el punto de vista de un psicólogo sobre el valos y la importancia de las emociones, los sntimientos y la vida afectiva en general para la personalidad humana.

O presente artigo apresenta a solução de Tomás de Aquino ao problema do mal natural. Ao resolver o problema, o Aquinate circunscreveu a origem do mal natural às coisas criadas, às causas segundas, e coordenou tal solução com as doutrinas teológicas da providência, da criação e da bondade divina. Desse modo, a existência de Deus não entra em contradição com a presença do mal no mundo, mas esta se torna uma evidência da bondade divina.

Este artículo utiliza la perspectiva de la democracia deliberativa para evaluar la teoría de la minoría permanente como posible motivo de secesión. Según esta teoría, los catalanes constituyen minorías permanentes que, en ningún caso, podrían obtener las mayorías parlamentarias que les permitan separarse. Históricamente, esta circunstancia habría propiciado las condiciones para un abuso permanente. Hoy en día, impediría el éxito de los procesos de secesión, lo que no dejaría otra alternativa que eludir los medios democráticos. El artículo concluye que este (...) argumento resulta incompatible con los ideales de la democracia deliberativa. En el mejor de los casos, la teoría colapsa en la tesis de la secesión como reparación: si los intereses de la minoría han sido adecuadamente considerados en un proceso deliberativo, las decisiones de la mayoría están justificadas y por lo tanto no generan un derecho de secesión; si esos intereses han sido ignorados, las decisiones no cumplen con los estándares deliberativos y acaban en el clásico derecho a la secesión de la teoría de la reparación. (shrink)

Contra el “Yo soy” de la Modernidad, explicitado y hasta ejecutado como “Yo soy uno de tantos”, Heidegger realza con Kierkegaard el instante ejemplar de la “repetición”. Es ella la que llama a Heidegger desde Aristóteles, “repetido” desde las nociones de pólis y philía, con centro cordial en el eû zên. Ello implica una mutación de la idea religiosa de “culpa” en el rasgo existentivo de la “deuda” de estar-siendo-sidos: cada uno de nosotros somos deudores de la existencia del otro, (...) en cuanto héteros, en el mundo compartido; tal la mutación concomitante de la procura sustitutoria por aquella que, brotando de antemano, va hacia el poder-ser del otro. Ésta sería la “ética” originaria de Heidegger, si dejamos resonar en ella el êthos en que se forja comunidad. (shrink)

El proceso de diseño arquitectónico parte de una actividad mental basada en relaciones de conceptos abstractos y empíricos previos a la materialización de lo que conocemos como espacio construido y arquitectura. Este proceso no empieza en bocetos o planos, sino de manera previa en la mente mediante procesos de relaciones imaginarias de conceptos y analogías. La relación entre la filosofía y la arquitectura hoy no se muestra tan estrecha como en tiempos remotos, sin embargo, su comprensión cobra gran importancia para (...) cuestionar y experimentar de la mejor manera posible los espacios en los que el ser humano crece, se desarrolla y produce su visión de mundo. (shrink)

Ist Identität eine Funktion des Gedächtnisses? Mithilfe von Walter Benjamins Erfahrungstheorie kritisiert Felix Denschlag die Theorie des »kollektiven Gedächtnisses« von Maurice Halbwachs sowie Jan und Aleida Assmann und ergänzt sie im Sinne einer Theorie der Vergangenheitsverhältnisse. Der Identitätsbegriff wird - gegenüber der Konstruktion einer bruchlosen Kontinuität - als »kontinuierliche Diskontinuität« begriffen und dem willentlich verfügbaren Gedächtnis wird ein weit darüber hinaus gehender Bereich einer »schöpferischen Unordnung« entgegensetzt. Auf diese Weise lässt sich das individuelle Erfahrungsmoment gegenüber der intersubjektiv verfügbaren und beherrschbaren (...) sozialen Identität betonen. (shrink)

The reign of Ferdinand III of Castile and León constitutes a period of transition between the old royal curiae of the early and high Middle Ages into the Cortes of the late medieval period when the institution will fully develop. Throughout this work we approach the study of the juridical and institutional transformation of the old royal curiae from the second half of the twelfth century, as well as the evidence revealed about this process in the reign of Ferdinand III, (...) with special focus on the "ordinances" promulgated by this monarch at the Cortes of Seville in 1250. (shrink)